12 maio 2007

Arma Secreta



Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões.
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis da furalina.
Erecta, na torre erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA,
Chama-se AMOR, simplesmente.

António Gedeão in «Maquina de Fogo»

1 comentário:

Pinguim Alegre disse...

Olá! Passa lá pelo blog, pois foste desafiada.

Bjs