25 agosto 2012

A Vida





A vida, acredita, não é um sonho
Tão negro quanto os sábios dizem ser.
Frequentemente uma manhã cinzenta
Prenuncia uma tarde agradável e soalheira.

Às vezes há nuvens sombrias
Mas é apenas em certos dias;
Se a chuvada faz as rosas florir
Ó porquê lamentar não sorrir?

Rapidamente, alegremente
As soalheiras horas da vida vão passando
Agradecidamente, animadamente
Goza-as enquanto vão voando.

E quando por vezes a Morte aparece
E consigo o que de melhor temos desaparece?
E quando a dor se aprofunda
E a esperança vencida se afunda?

Oh, mesmo então a esperança há-de renascer,
Inconquistável, sem nunca morrer.
Alegre com a sua asa dourada
Suficientemente forte para nos fazer sentir bem

Corajosamente, sem medo de nada
Enfrenta o dia do julgamento que vem.
Porque gloriosamente, vitoriosamente
Pode a coragem o desespero vencer.


Emily Bronte (1818-1848)

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